sábado, 21 de agosto de 2010

O Bobo da Corte

21/08/2010

De que vale ser amigo, ser divertido, fazer todos se sentirem bem ao seu lado?
A vida nem sempre é o que parece...
Aquele que conhece a todos, ri com todos, tem muitos “amigos”, na verdade se pinta de palhaço para esconder a tristeza e a solidão que estão plantados no fundo de sua alma.
O que realmente queria e o que realmente precisa, não são aplausos, é sentir um coração batendo em consonância com o seu... é sentir que, mesmo quando não está a fim de fazer rir, tem alguém que lhe coloque deitado no colo e diga... “não diz nada... eu estou aqui”...
Ser querido por todos não importa nada quando o que se quer mesmo, é ser querido de forma especial... quando o que se quer é ter apenas um holofote iluminando seu rosto sem maquiagem e seu corpo sem roupas, quaisquer que elas sejam...
É triste a vida do bobo da corte que se dá conta que, quando as luzes se apagam e as cortinas se fecham, só restam a escuridão, o vazio e o eco das gargalhadas de uma felicidade que não lhe pertence...

(Sérgio Martucci Júnior)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sexta-Feira 13

(13/08/2010)




Dois mais três, cinco... cinco mais sete, doze... doze mais um, treze....
Treze....
Treze....
Cinco letras.... cinco dias... dias úteis....
Mas não seria o sexto?
Não... é o oitavo....
Oitavo mês... o mês do cachorro louco!
Mas que dia é hoje?
Hoje?
Treze!
Mas que dia é hoje?
Sexta-Feira!
Sexta-Feira, 13 de Agosto!
Um arrepio...
Treze mais seis mais oito.... vinte e sete....
Dois mais sete... nove...
Onde estávamos mesmo?
Não sei... só sei que é assim...

(Sérgio Martucci Júnior)

Cavalhoada

(09/08/2010)

Era um lindo dia de sol, chovia torrencialmente, quando de súbito resolvi lentamente cavalgar pela planície de morros verdejantes.
Montei meu cavalo branco e, naquele dia sua pelagem negra brilhava especialmente fosca.
Saímos em um galope lento e constante, subimos a planície e quando lá embaixo chegamos, avistamos uma cachoeira de águas cristalinas e turvas.
Neste lindo local cheio de poluições naturais, resolvi descansar, e de pé me entreguei ao sono desperto dos justos.
Foi o mais belo dia de minha vida, do qual, se Deus quiser, me esquecerei completamente.

(Sérgio Martuci Júnior)


Nota do Autor: este texto foi escrito como parte de um projeto para ensino de coerência textual para alunos do ensino fundamental e médio.