domingo, 27 de junho de 2010

ECA

(26/06/2010)

Quais eram mesmo os direitos?
Direito a infância, direito a educação, direito, direito, direito…
“Não só de direitos vive o filho do homem, mas de toda a justiça advinda da…”
Espera!... será?
Não, não sei…
É… está muito difícil entender os direitos… Direito a infância virou sinônimo de dever vagar.
Direito a educação, de dever agir… agir impunemente.
E quem educa?
- Olha para mim e verás o que te acontece!
Educa sem ação. Será possível?
“Tudo posso no ECA que me fortalece!”

(Sérgio Martucci Júnior)

Conspirantes

(06/11/2009)



Era Noite!
Uma noite como tantas outras.

Uma balada, uma cerveja
Rostos bonitos, estranhos, alheios
E o meu coração com anseios
Anseios de quem não mais deseja.

Porém, de que bastam os desejos
Quando os destinos traçados
Mostram que mesmo entre tantos beijos
Algo me falta!

Mas… E o tempo?

O tempo passa…
Passa e repassa a ilusão, desilusão!
Nada é como deve ser…
Conspira ao meu favor aquilo que, em princípio,
Imaginavas conspirar contra ti.

E tu, onde estavas?

Perdido na selva de pedra…
A vida, que salva a vida da selva
Te fez guiar na noite…
Uma noite como tantas outras

Onde o meu coração, de pedra
Estava apenas aguardando o teu coração na selva
Para se abrir e dissipar a treva
E no teu leito, descubro que o meu peito
É do tamanho exato do teu

E a noite, não mais como tantas outras
Muda o rumo de vidas
Que distantes, graças ao desencontro de instantes
Passam a viver a mesma vida!

(Sérgio Martucci Júnior)

Saudade

18/10/2009



Pessoas nos tocam o coração e nos deixam sua marca.
Seja por um momento do qual nos lembraremos para sempre…
Seja pelo exemplo que tentamos seguir…
Algumas fazem crescer nossos conceitos de moral, de profissão, enfim… de ser…
A lembrança dos que se tornaram espelho, nos faz saudar sua existência e ter saudade do tempo em que estávamos sob seu manto…
À mãe com seus livros de cabeceira…
À primeira professora e seus bordados na folha de papel…
À professora do colégio em sua “Morte e Vida Severina”…
Ao Mestre com seu arquinho na cabeça despejando seu latim…
À Doutora com seus “quês” e “ses”…
Àqueles que marcaram minha vida, um brinde!
SAUDE!
SAUDADE!

(Sérgio Martucci Júnior)

O Leão

18/10/2009

Quão grande és tu, que quando entras não posso ver mais ninguém, somente tu?
Teu ego inunda o ambiente e tua imagem toma conta daquele que deveria ser um lugar de anônimos.
Anonimato? Não! Não pra ti!
O que seria de tua vida sem os holofotes?
Como o Leão que faz brilhar os olhos daqueles que o veem entrar no picadeiro e que faz parar a plateia somente para receber o Rei, assim é a tua presença…
A música para… as pessoas se calam…
Mas nada disso é suficiente… Precisas de mais…
Precisas do coração de cada um daqueles que te olham e te desejam…
Uma coleção egocêntrica de vidas… vidas que param e passam a viver a tua vida, afinal não deixastes espaço…
No final, cada uma dessas vidas são como o treinador com a cabeça na boca do leão em atitude extrema de submissão…
Feliz… você vai e deixa o vazio… o vazio da falta da tua presença!

(Sérgio Martucci Júnior)

Não ser, ou não ser? Eis a questão!

20/03/2009

De que vale a luta, a entrega, os sonhos, se no final das contas nos damos conta de que não chegamos a lugar algum?
De que somos apenas um ser sem valor… ou não somos…
Acredito que não somos… não somos nada… afinal, até quem não tem nenhum valor tem seu valor, pois merece alguma atenção…
Quando somos crianças, gritamos aos quatro ventos: “Quando crescer quero ser…”!
Durante muitos anos nos dedicamos aos livros, aos estudos, perdemos noites de sono preocupados com aquela prova difícil do dia seguinte em busca de nossa formação…
Eis que chega o grande dia! O tão sonhado canudo! A tão sonhada profissão!
E com ela, a frustração… Quem eu sou realmente?
Sou apenas mais um não sou, que frustrado, tenta incessantemente buscar seu lugar ao sol e conquistar os sonhos que muitas vezes foram deixados de lado… que muitas vezes já passaram por nossas mãos e se esvaíram como água por entre os dedos…
Olho para tudo e mais uma pergunta: “Valeu a pena?”
Disse o poeta que tudo vale a pena se a alma não é pequena, porém estou chegando à conclusão que o que vale não é a alma, e sim a arma…
Talvez se chegasse o fim, frustrado ou não, seria apenas o fim… afinal, o fim não é nada para que nunca foi, para quem nunca começou…

(Sérgio Martucci Júnior)

Desvio

12/01/2009

A vida é mesmo engraçada! Ou seria melhor Desgraçada?
Não, não é preciso se chocar com a força dessa palavra, afinal ela nada mais é do que o contrário… o contrário do que deveria ter sido… mas não foi…
Foi… um momento, um olhar, um sorriso… pouco é necessário para que tudo mude, para que tudo tenha GRAÇA…
Mas como tudo muda, a graça vira desgraça quando o sorriso vira pranto, o olhar… saudade… e o momento, apenas lembranças…
Assim como a GRAÇA vira DESGRAÇA, a ILUSÃO passa a ser DESILUSÃO quando, ao acordarmos vemos que tudo não passou de um sonho… o sonho de que um dia todos os nossos sonhos se tornassem realidade e a nossa vida de ilusão tivesse a graça de viver plenamente aquilo com o que sonhamos…
Pensando bem, a culpa não é minha, não é tua… a CULPA é apenas DESCULPA….
Graça – Desgraça, Ilusão – Desilusão, Culpa – Desculpa…
Afinal, de quem é a culpa?
Acredito que a culpa seja Desse “Des” Desdenhoso, que DESFAZ nossos sonhos, nossas ilusões, que nos enche de culpa e faz perder a graça de um dia apenas ser….
DESFALEÇO enfim ao ver que minha vida é apenas um “DES” sem fim…..

(Sérgio Martucci Júnior)

Solidão

31/10/2007

Ser, estar, permanecer… de repente paro e olho para o âmago de minh’alma e tento ouvir o silêncio ensurdecedor que ecoa no vazio de meu peito e meus sentimentos. Presto atenção a cada nota da melodia solitária de minha vida e não vejo nada… somente o silêncio…
Meus pensamentos tentam romper barreiras, correr pelas ruas tortuosas de minha existência e buscar as respostas que não são visíveis aos meus pobres e mortais olhos… e nada… somente o silêncio…
Minh’alma encontra-se imbuída de tristeza e de solidão, e o que me resta é apenas o toque suave das lágrimas que escorrem por minha pele acariciando-me e acalentando-me.

(Sérgio Martucci Júnior)

Felizes para sempre

09/08/2007

O desejo de todo ser humano é encontrar um parceiro ou parceira com quem possa dividir sonhos, alegrias, planos, enfim, uma vida. Porém esse desejo muitas vezes é baseado no “ideal”, e o ideal é um ser humano perfeito de acordo com nossa visão de mundo. Na grande maioria das vezes nos esquecemos que cada ser tem uma história de vida antes de nós, e que cada um é pleno e único em si mesmo, com seu jeito, seu estilo, seus gostos.
A arte de conviver é “viver com” e não “viver como”. As pessoas buscam alguém que possa viver como elas próprias ou como elas gostariam que fosse, e se privam do doce sabor de viver com alguém que pode lhes surpreender a cada dia com um mundo que nem ao menos sonhavam existir. Não é fácil conviver, e essas mesmas pessoas aparentam estar cada dia menos tolerantes às diferenças e a qualquer dificuldade ou divergência de pensamento, e colocam a perder aquela que poderia ser uma linda história de vida.
O mundo moderno parece não ter espaço para relacionamentos de uma vida inteira, e vemos constantemente pares que se desfazem do dia para a noite.
Como seria a vida se parássemos de procurar a pessoa “ideal” e prestássemos atenção ao “real” que nos é colocado constantemente no caminho e se aprendêssemos a amar indistintamente sem projetar nossos anseios no outro?
Paremos então de esperar o Príncipe Encantado no Cavalo Branco ou a Princesinha dos Sapatos de Cristal e façamos a nossa história real que termine com “Felizes para sempre”.

(Sérgio Martucci Júnior)

Brasil, mostra a tua cara!

08/08/2007

Brasil, o país de todas as raças, todas as crenças, da liberdade individual e de expressão, do dia da consciência negra, da semana do orgulho gay…
Este país tem por característica primordial a diversidade. Sua composição se deu através da mistura de raças, costumes, culturas. Um país onde podemos viajar os quatro cantos do mundo dentro de uma mesma cidade.
Mas será que o Brasil é realmente um país que sabe conviver com sua própria diversidade? Ou será que a ela é tratada como diferença e formas de divisão?
Um país que trata sua população subdividindo-a em sistema de cotas – cota família, cota para negros, quiçá cotas para gordos…
Apesar das tentativas de mascarar o preconceito, ele é uma realidade latente. Basta andarmos pelas ruas de nossas cidades para ouvirmos piadinhas infames contra negros, gordos, homossexuais. Aliás, esse tipo de atitude é tomada inclusive por aqueles que deveriam defender a nossa população contra elas. Um exemplo recente é o de um Juiz de Direito, que ao julgar um processo onde um jogador de futebol acusa um dos dirigentes de um grande time de insinuar sobre sua sexualidade publicamente e ao dar seu parecer utilizou-se de preconceito explícito contra os homossexuais. Se alguém que é pago para não ter “pré-conceitos” age dessa maneira, o que esperar dos demais?
Brasil, ou respeite o direito de liberdade e democracia, ou mostre a tua cara!


(Sérgio Martucci Júnior)

Plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho

07/08/2007

De repente, um dia acordamos e nos questionamos o que de realmente importante fizemos em e por nossas vidas. Quais os atos que nos tornaram nobres diante de nossa existência?
Existe um velho ditado de que um homem só viveu plenamente se plantou uma árvore, escreveu um livro e teve um filho. Plantar uma árvore vai muito além do simples ato de abrir um buraco no chão e dentro dele pousar uma pequena planta. Ao relacionarmos essa metáfora verificamos que uma árvore só cresce e produz frutos se for bem irrigada e nutrida com adubos de qualidade e assim também nós, só nos tornaremos fortes se alimentarmos nossas raízes com objetivos a serem cumpridos no decorrer de nossas vidas.
Durante essa jornada em busca de nossos objetivos, escrevemos o livro de nossa existência, com histórias de tropeços, insucessos, lutas, acertos, sucessos e glórias para que no final, deixemos como herança, nosso filho, nosso legado de conhecimento.
Assim, todos podemos viver plenamente… Só depende de nós!

(Sérgio Martucci Júnior)

Boas Vindas


Existem dias em que acordamos inspirados a fazer algo novo, algo de que gostamos ou sentimos vontade e por algum motivo não colocamos em prática. Hoje é um desses dias… Aproveitando esse momento resolvi criar um blog onde eu possa postar alguns ensaios e compartilhar com amigos e todos aqueles que tiverem acesso um pouco de mim.
Sejam bem vindos, e fiquem a vontade para compartilhar de meus pensamentos e idéias.

Sérgio Martucci Júnior